tag:blogger.com,1999:blog-70803735344935506062024-03-19T00:10:16.515-03:00Inscrições para as paredes de um quartoAo reinventar minha vida, tudo igual. Um pouco mais de ervas aqui e ali e só. Com uma caixa de lápis nas mãos, pinto o arco-íris que quiser.Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comBlogger315125tag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-34314479636554038352014-02-13T10:35:00.001-03:002014-02-13T10:36:32.165-03:00Caixa mágica.<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
(Ao amigo que, um dia, </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
montou em seu cavalo branco </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
vestindo camisa do Palmeiras.)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há silêncio absoluto em minha casa.
Silêncio que me incomodou muito há alguns dias. As pessoas saem para trabalhar
e me deixam o silêncio. Há um silêncio absoluto em minha vizinhança. Todo mundo
sai para trabalhar e eu fico. Ficar me incomodou muito há alguns dias. Mas o
tempo passa e a gente aprende. Não se conforma, não! Aprende. Quem quer tudo aprende.
Aprendi a ficar. Aprendi a silenciar. Aprendi a falar para quem, quando e como.
Estou aprendendo a viver. A vida se resume ao dualismo silêncio e som. Não se pode ter os dois ao mesmo tempo. Embora
os dois tenham sempre algo a dizer, é preciso aprender para quem, quando e como
devemos soltar um e outro. Assisto ao noticiário da TV e penso como seria
melhor se tudo fosse diferente. Quisera eu poder acreditar no mundo em que eu
gostaria de viver. Não posso. Não devo. Acreditar no mundo que idealizo é
desistir do mundo em que vivo. Não posso desistir do mundo em que vivo.
Aprender a usar e a conviver com o silêncio não apagou a revolta que há em mim.
Ela continua aqui dentro de mim. A minha revolta é revolta viva. Eu me mostro,
eu grito, eu luto por aquilo em que acredito. Eu arrasto pessoas comigo. Não
suporto revolta engaiolada. Não suporto revolta de grito preso na garganta. A
expressão da revolta é o uso do som. Se revoltar é indignar-se. É sentir
repulsa, náusea. É botar pra fora, é agir. Agir é mover-se. É fazer alguma
coisa. Quando agimos há sempre a produção de um efeito. Depois daquilo que é
feito, há sempre um resultado. Resultado é fim. Cheguei a algum lugar. Durante
a caminhada, não há necessidade de pichar paredes, atear fogo em ônibus,
interromper trânsito, muito menos matar alguém. Durante a caminhada, só é
preciso andar. Andar junto que é melhor que andar só. Eu ando junto. Junto a
uma multidão de gente. Muita gente gosta de mim e eu gosto de muita gente.
Porém, há faxina nessa gente. Gente entra e gente sai. Porque as pessoas se
transformam. Esse é um processo natural da vida. O problema é que as pessoas
não sabem compartilhar do diferente. As pessoas não sabem conviver com o diferente.
Por isso, se afastam quando, na verdade, bastava um entendimento do você come
maçã, eu atemoia; você torce pelo Palmeiras, eu pelo Corinthians; você toma
chuva, eu tomo sol; você anda, eu hiberno. Não há necessidade de complicações. Talvez,
um pouco de paciência enquanto o tempo passa. Enquanto ele vai passando e a
gente aprende mais. Acho que só agora entendi a ‘Canção da América’. Amigo é
coisa pra se guardar. Não para se esquecer. Você não me esqueceu, eu não te
esqueci. Quando você me (re)visitou eu chorei. Chorei porque sempre que a gente
sente que a vida vale a pena, a gente chora. Você (re)apareceu tão
transparente... Entrou mais alma que corpo, mais coração que cabeça. Disse que
vinha em nome de velhos e ótimos tempos, disse que eu era especial, disse que
acompanhava de longe o meu drama e pedia desculpas por não ser um ser humano
perfeito. Eu também não sou. Mas, o que temos é. Há relações perfeitas. Há
amizades perfeitas. Há dramas perfeitos. A natureza humana é essencialmente
dramática. Eu sou essencialmente drama. Eu estou dramática. E, por conta do
drama em cartaz, eu estou me mostrando mais. Entro e saio de cena a toda hora. Porém,
faço tudo direitinho. Não perco a minha deixa, não erro nenhuma das minhas
falas, estou sempre de olho na luz e mostro meu melhor ângulo a cada ato. Contudo,
preservo o direito, ao meu público, de ir e vir quando entenderem que assim
deve ser. Seguir caminhos distintos nos privou da presença diária, mas não do
sentimento, da lembrança guardada. Há sintonia entre nós, você sabe disso. Sintonia
é perfeição. Somos perfeitos. Somos tudo que quisermos. Só não somos suspeitos
de crimes perfeitos porque você sabe que crimes perfeitos não mostram suspeitos.
Somos é culpados declarados por tudo que fizemos e vivemos. Por isso, há o que
existe em nós: A verdade que corrobora o ditado de que uma amizade findada
jamais foi verdadeira. A verdade é o que permanece. Nós somos a verdade permanente.
A verdade de uma amizade imaculada. Livre de egoísmos, dúvidas, cobranças,
ofensas e desamor. A verdade de uma amizade defendida, conservada, zelada. A
verdade de uma amizade guardada. A verdade de uma amizade guardada em caixa
mágica para todo o sempre.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4J6xkUO6nQ6OjnVwqK-bFN5evaqgQm7Pfxly2UqQO7TkXs-yGDMDHBFTuCp_kN_g060nOi7i5NXVUJUrIVBsdj73Lyk7-q2YpAcmTEubKDPJpIObtpLxuMg4kqhS4sxr-qKj7zAq8R5Y/s1600/teatro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4J6xkUO6nQ6OjnVwqK-bFN5evaqgQm7Pfxly2UqQO7TkXs-yGDMDHBFTuCp_kN_g060nOi7i5NXVUJUrIVBsdj73Lyk7-q2YpAcmTEubKDPJpIObtpLxuMg4kqhS4sxr-qKj7zAq8R5Y/s1600/teatro.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-40062884077082259172014-01-30T12:21:00.000-03:002014-01-30T17:51:04.058-03:00Eu mais tu rima contente.<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: inherit;">Leitos perfeitos </span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: inherit;">Seus peitos direitos </span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: inherit;">Me olham assim </span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: inherit;">Fino menino me inclino </span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Pro lado do sim.</i> </span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: inherit;"> Caetano Veloso em: Rapte-me Camaleoa, Outras palavras, 1981.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Nem toda rima é perfeita. Permite-se a liberdade de sons. Nem toda rima é rica. Permite-se a combinação de sons entre palavras de mesma classe. Que o poema venha como for. Com rima emparelhada ou alternada, aguda ou grave. Que venha o poema sem rima nenhuma. Os tempos são outros. Não estamos mais na era dos Clássicos. O que não se permite é a banalização do poema. O que não se permite é que o poema venha sem amor, sem força, sem poesia, sem vida. É preciso ficar atento ao poema. É preciso ficar atento à vida. O ser humano vive por seguir tendências. A tendência é simplificarmos tudo. Depois que complicamos tudo, a ordem agora é simplificar. Não foi nada sério. O que é sério? Não tenho tempo agora, mas... Quando você terá tempo? Um dia a gente se encontra. Quando é ‘um dia’ no calendário? Ao simplificarmos as coisas, simplificamos demais, também, as relações entre pessoas. O nosso egoísmo e individualismo nunca ganhou tanta força quanto nos dias atuais. Um clique aqui, um recadinho ali e eu estou com você. Não, não está. Eu não escuto tua voz. Eu não sinto teu cheiro. Eu não te sinto. Cada clique me leva para mais longe. Já vivi o suficiente para dizer que ‘eu era do tempo de’. Sou do tempo do presente. Estou aqui. Vim te ver. Quero ficar contigo. Quando eu continuo a escutar que não devemos esperar demais das pessoas, - o que é ‘demais’? – meu medo cresce. Temo que nos afastemos mais e mais. Chegará o dia em que substituiremos todas as nossas relações por cliques? Espero não mais estar aqui... Por ora, eu quero é viver junto. Dividir, compartilhar na tua presença. Eu quero o eu mais tu. Não há dois sem que um não se permita estar com o outro. A relação entre pessoas só existe, só se fortalece se for uma relação bilateral e presencial. Uma relação em que não se sufoque o outro ou deixe de viver sua vida em função do outro. Mas uma relação em que um se divida com o outro. Se não houver disposição na partilha do eu pelo outro, com o outro, não existe, não haverá relação alguma. Existirá o que restou dela ou o que restaria dela - Às vezes, não dá tempo nem de criar os laços para serem desfeitos. Volto ao meu livro e penso que um dia o mundo era menos pesado por ser mais cheio. Mais cheio de gente se sentindo, se abraçando, vivendo junto. Quase amontoados como poemas em um livro. Divididos apenas por tema, página, estrofes e versos. Versos cheios de rimas por todos os lados. <br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://scontent-a-atl.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/t1/22285_535206619832393_1563824528_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="293" src="https://scontent-a-atl.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/t1/22285_535206619832393_1563824528_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Imagem em: It's all about art. </div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-70361406646789369012014-01-11T11:41:00.000-03:002014-01-11T11:41:18.343-03:00Quesito humanóide.<blockquote>
<blockquote>
<strike><strike><b><b></b></b></strike></strike></blockquote>
</blockquote>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Eu não sou perfeita. Ninguém o é. Acredito que, bem lá no nosso íntimo, todos nós sabemos disso e conhecemos os defeitos que temos. O esforço que fazemos para encobri-los, vem da necessidade de nos fazermos iguais. Cabíveis as diferentes situações as quais nos submetemos. O mundo exige perfeição. A diferença entre uns e outros de nós está na intensidade do esforço que fazemos para ‘encobrir’ os defeitos que temos. Quanto maior o esforço, menor existo em mim. Por isso, eu não faço muita questão de esconder os defeitos que tenho. O que não quer dizer que me orgulhe deles. Não sou mais do tipo que finca o pé e diz: <i>eu sou assim e não vou mudar</i>. Eu cresci, eu mudei, eu mudo. Mudar é sinal de reforma, não de destruição. Todas as vezes que mudei permaneci em mim. Cada mudança fez de mim um eu melhorado. Embora distante, ainda, da perfeição – não almejada por mim, vale dizer. Abriu-se uma nova janela em minha vida. Ao olhar por essa janela, encontro muita gente que me diz que eu devo agradecer a todo instante por estar viva, por ter ganhado uma nova chance. Eu concordo e agradeço. Muito. Agradeço muito. Agradeço, principalmente, pelas pessoas ao meu redor. Por tudo que elas têm passado comigo sem nem ao menos terem pedido por isso. Mas a minha humanidade, às vezes, me permite entristecer. A minha humanidade permite que eu me aborreça, que eu me incomode, que eu sinta tolhida a liberdade que sempre me coube. PACIÊNCIA me diz o espelho. Eu sei. Tenho sido uma paciente bastante paciente. Apenas, humana. Nem demais nem de menos. Humana. Humana a ponto de perceber que me falta benevolência, por exemplo. Preciso ser mais benevolente. Benevolência não é submissão a tudo e a todos. Benevolência é benignidade. E eu preciso ser melhor. Preciso ampliar a bondade que há em mim. A bondade livre do egoísmo e do comodismo. Preciso entender as limitações do outro. Ter mais paciência com o que lhe falta. Não se trata de vender uma imagem ao mundo. A imagem da pessoa mais legal, mais otimista, que diz sim e não para agradar o outro. Trata-se de ver o mundo e viver mais digna e pacificamente. Não há o que compre a dignidade de um ser humano. Não há o que pague a paz que eu busco para sorrir e respirar aliviada. Nem que seja de hora em hora como um remédio fabricado cuidadosamente para preencher determinado quesito. Neste caso, eu sou o quesito. Quesito aberto. Específico sobre os mais variados aspectos. Contraditório? Não sei. Humanóide, melhor. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpXKHU4okm5uR6nrUB1JCTdp0TTszo2jr4eT9hsI1dTWOTxZnPrDvcUWPb8tn_DM_dqMh8SyZTyQT6QgL2K_imnI0GZkC2Zc36kuE6QbMv-mGtQ7friCPKY0mYtFVgR4xav13q-kRyO4/s1600/mala.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpXKHU4okm5uR6nrUB1JCTdp0TTszo2jr4eT9hsI1dTWOTxZnPrDvcUWPb8tn_DM_dqMh8SyZTyQT6QgL2K_imnI0GZkC2Zc36kuE6QbMv-mGtQ7friCPKY0mYtFVgR4xav13q-kRyO4/s1600/mala.jpg" height="400" width="280" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Imagem: Night Walker/facebook.com</div>
</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-69364560295225469812013-08-04T10:30:00.005-03:002013-08-04T10:33:21.451-03:00Um tanto anjo, um tanto diabo.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falo demais, escrevo de menos.
Instinto de sobrevivência. Ninguém me lê. É preciso vender a alma ao diabo para
ser lido. É preciso vender a alma ao diabo para viver. Mas o diabo está pedindo
um valor baixo demais pela minha alma. Toda fama, sucesso e dinheiro é muito
pouco para se ter o que há dentro de mim. Acontece que, dentro de mim, também
há o que é ruim. Coisa que o diabo gosta. Talvez, por isso minha alma tenha se
desvalorizado tanto. Dentro de mim há amor de mãe. Dentro de mim há amor de mãe
espalhados aos tantos filhos que não tive. Verbo no pretérito porque essa
audácia não ousarei mais cometer. Dizem que, no plano terreno, amor de mãe é o
que de mais próximos temos do amor genuíno. Sim, querida! Não basta amar. Nesta
vida nada basta. Se ousar amar, tem que amar genuinamente. Amor genuíno mente? Não.
Amor genuíno é santo. Eu sou quase santa. Eu sou quase besta. Santo é besta.
Estou no quase. Eu amo as pessoas com servidão, exatidão e devoção quase
santas. Porém, não me subestime. Não me tome como algo garantido. Por que algumas
coisas cabem melhor em outra língua que em nossa própria língua? Se eu pudesse
estampar em outdoor DO NOT TAKE MY LOVE FOR GRANTED, tudo ficaria tão mais
claro. Eu chegaria ao meu equilíbrio. Falaria pouco, escreveria pouco. Todo
mundo entenderia e eu não teria que mostrar ao diabo o que há de pior em mim.
Minha alma seria mais valorizada. Acontece que não. Pessoas são estúpidas, o
que há de pior em mim, aparece. É verdade. Devo admitir. Há um tanto de
angelical em mim, mas há um tanto do que é diabólico. Não me queira como
inimigo. Como seu inimigo serei tal qual uma lady. Lady Macbeth. Estarei
desvirtuada da minha fração feminina e de todo o padrão feminino. Serei
maquiavélica, cruel e manipuladora. Terei na cor vermelha o tom de minha vida.
Entre mim e ela só há uma diferença. Meu espírito é desprovido de culpa. Não
sinto o menor remorso em atormentar a sua vida. Não canso em repetir que só
desempenho o meu papel. Amando ou odiando eu sou o que você me permite ser.
Somos diferentes, somos iguais. Somos complemento um do outro. Dois lados da
mesma moeda, duas faces da mesma cédula, sol e lua, águia e ar, lápis e papel, corda
e violão, Aquiles e Pátroclo. Na junção do você e do eu, somos aquilo que
preenche o intervalo que há em cada um de nós. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOFavA-SrL6-3B1P99M7tFtsJYpfubvbNDmTbzLn0FDrX6o2LqzPI1alCTgT4TFWSMJN23v-qrRCnnD8R4BXB4h98XD_0dnVBqHibCGnK-Ydow8pM8nFJ3fR4zTTQgZlASdrsCEX2k1kY/s1600/deviant.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOFavA-SrL6-3B1P99M7tFtsJYpfubvbNDmTbzLn0FDrX6o2LqzPI1alCTgT4TFWSMJN23v-qrRCnnD8R4BXB4h98XD_0dnVBqHibCGnK-Ydow8pM8nFJ3fR4zTTQgZlASdrsCEX2k1kY/s400/deviant.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Imagem: DeviantArt.</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-39896540352301287462013-08-02T18:22:00.000-03:002013-08-02T18:24:03.271-03:00Sem conexão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Eu só queria</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um abraço</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um amasso</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um espaço.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Eu só queria</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um lugar</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Um alguém</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Em quem coubesse</div>
<div class="MsoNoSpacing">
O tanto de mim</div>
Que sobrou.<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaz-78rmDMu5kWZwsB0d9ppd5sYIMlsjig2H32lKEZHOPMSTjmy-M_HFrnp1Omj8QdJefqjd6-O8oXPxvTtAUiOcsf9am8i4R65vG_RQHcBy3NxdEdvngCD_ifiCq9DNLuiIONchl-zKE/s1600/abra%C3%A7o+Erin+Cone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaz-78rmDMu5kWZwsB0d9ppd5sYIMlsjig2H32lKEZHOPMSTjmy-M_HFrnp1Omj8QdJefqjd6-O8oXPxvTtAUiOcsf9am8i4R65vG_RQHcBy3NxdEdvngCD_ifiCq9DNLuiIONchl-zKE/s400/abra%C3%A7o+Erin+Cone.jpg" width="327" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaz-78rmDMu5kWZwsB0d9ppd5sYIMlsjig2H32lKEZHOPMSTjmy-M_HFrnp1Omj8QdJefqjd6-O8oXPxvTtAUiOcsf9am8i4R65vG_RQHcBy3NxdEdvngCD_ifiCq9DNLuiIONchl-zKE/s1600/abra%C3%A7o+Erin+Cone.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><br /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Imagem: Erin Cone.</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-9218015819693462442013-07-28T10:03:00.002-03:002013-09-16T18:00:31.224-03:00À (in)sustentabilidade das relações.<div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
Se o mundo dá
voltas, </div>
<div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
em que estação eu devo descer?</div>
<div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Voltei a escrever longas
cartas para ninguém. O inverno nem é frio, mas, eu sinto calafrios. Agarrar um
lápis traz calor as mãos. Todos saíram pela porta dos fundos e eu fiquei. Fiquei
porque meu contorcionismo é falho. Eu não caibo em todo lugar. Nem todo lugar
me cabe. Você, também, é um lugar. Lugar onde eu deveria encontrar abrigo,
proteção, amor e cuidado sempre que precisasse. Eu preciso. Sou precisa. Essas coisas
fazem de nós humanos vulneráveis, eu sei. Eu deveria ser alienígena. Ou um
mutante. </div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Cena faltando.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Não sou eu que dou abrigo? Que
dou proteção? Que amo? Que cuido? Sim... Só que, agora, estou quebrada. E a
consciência das pessoas não desapegou ainda da filosofia do <i>quebrou, joga fora!</i> Faz-se tempo de
reciclagem. Acontece que reciclagem dá trabalho. É preciso manter aquilo que
vai ser reciclado. Manter é proteger, é cuidar, é amar. Amar é, segundo os caprichos
de Eros, convencional, belo e perfeito. Portanto, amar ao que não lhe convém,
amar ao velho e amar ao torto é, no mínimo, desafiar o Cupido. Voltamos à
reciclagem. O que dizer da reciclagem de pessoas? Pessoas são chatas, antissociais,
imperfeitas. - Pois têm vontades e sentimentos próprios - <span style="text-align: center;">Pessoas não pedem
perdão, pessoas não perdoam. Espere... Talvez, eu deva descer em qualquer
estação e seguir. Ou parar. Parar e só olhar o vai e vem de pessoas em trem
cujo caminho é uma linha reta.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwhNLS59h_kkt-qwnIVJt_P7W2bBc47XF3d66cq3dlV01x6WqwdbcftRczm8jCiiudTVTN89nb24IwStOic_vhdmMJ6mkKq0LSqCVVKFjFmwuo7VbohaF71XMcdLR-ThnUwnfD6rBidhs/s1600/esta%C3%A7%C3%A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwhNLS59h_kkt-qwnIVJt_P7W2bBc47XF3d66cq3dlV01x6WqwdbcftRczm8jCiiudTVTN89nb24IwStOic_vhdmMJ6mkKq0LSqCVVKFjFmwuo7VbohaF71XMcdLR-ThnUwnfD6rBidhs/s400/esta%C3%A7%C3%A3o.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<o:p>Imagem em: Deviantart. </o:p></div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-23752024660637742862013-07-20T09:25:00.001-03:002013-07-20T09:27:21.927-03:00Ao passar das coisas e da gente.<div class="MsoNoSpacing">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIybMlswsQd8_kk1nmzpy2pyqE5AkfNHgFxexGGy2aTNBL_ODhYnLj0yEwiwoDW7s0o_2CGbqdyRSi8Z3_lAcfu6DFuKXZzrsAUc1WFB2qKY5rNUMXg9Gx7cVNj2_l7eaySfpIKEyx74I/s1600/passar+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIybMlswsQd8_kk1nmzpy2pyqE5AkfNHgFxexGGy2aTNBL_ODhYnLj0yEwiwoDW7s0o_2CGbqdyRSi8Z3_lAcfu6DFuKXZzrsAUc1WFB2qKY5rNUMXg9Gx7cVNj2_l7eaySfpIKEyx74I/s320/passar+1.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<div class="MsoNoSpacing">
A gente passa</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o carteiro</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa a lesma </div>
<div class="MsoNoSpacing">
Na calçada.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
A gente passa</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o carro</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o trem</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Na mesma pressa</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
A gente passa</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o fel</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o ferro</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ferindo igual</div>
<div class="MsoNoSpacing">
De Páris a lança</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
A gente passa</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Passa o vento</div>
<div class="MsoNoSpacing">
(Passatempo)</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Levando o que </div>
Raiz não tinha.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
À arte melodramática.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/JkNrqVeukDA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
Imagem: It's all about art.</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-67046869072984274552013-06-24T12:01:00.002-03:002013-09-16T18:02:37.159-03:00Por onde passa o sol, a chuva passa.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A gente se perde. Muitas vezes.
Mas sempre consegue encontrar o caminho de volta – ou de uma volta. É
capacidade inata aos seres viventes. Caminhar é viver. Enquanto a gente
caminha, a gente vive. Enquanto a gente vive, a gente atua, disse o Bardo do
Avon. Eu atesto, testo. Um passo, outro passo. Uma fala, outra fala. Um
cenário, outro cenário. Um terreno, mortos enterrados e eu me enxergo
contorcionista. Uma dobra pra cá, outra pra lá. Um quadrado, um triangulo, um
círculo. Contorção é acrobacia. Não se vive e não se caminha sem acrobacias. Eu
vivo, eu caminho, eu atuo. Em um circo de plateia contada e lona furada – para
que passe o sol e a chuva passe – faço da minha parte a parte que me cabe a cada
dia. Faça chuva ou faça sol ou que me doa mais ou menos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
“O gato bebe leite,</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
O rato come queijo</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
E eu, toco meu trabalho.” *</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
* Em O Palhaço (2011), direção
de Selton Melo.</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0jfl4VSMzENCGeiI8mOEPDxjPdtS-etDdUPKtunWDLJ2qrKH2ys5roMQedtZBhseJzQ3HqKOppf23SKIvhRDpkvgIm8qdUxPymNUEg2PTrkU34ktwLlwp3wpOPAW99_IEIr1Jy1ChvWg/s1600/Stanislav+Odyagailo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0jfl4VSMzENCGeiI8mOEPDxjPdtS-etDdUPKtunWDLJ2qrKH2ys5roMQedtZBhseJzQ3HqKOppf23SKIvhRDpkvgIm8qdUxPymNUEg2PTrkU34ktwLlwp3wpOPAW99_IEIr1Jy1ChvWg/s400/Stanislav+Odyagailo.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Foto: Stanislav Odyagailo.</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-50760115604548775162013-06-04T07:48:00.000-03:002013-06-04T07:48:11.222-03:00Quais são as cores de Frida?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há um grito de vida que me
desperta toda manhã. Vida em cor de movimento e espontaneidade. Que
insistência. Hoje, não! Fecho os olhos, disfarço. A vida segue. Deitada, ainda,
vejo a hora. São nove em ponto. Já foram seis e quinze e sete e vinte. Às oito
e dez, terminei o café da manhã na cama. O dia seguiu nublado, percebi. Por
alguns instantes, fraquejei. Uma preguiça descomunal tomou conta de mim. Mas,
não é sempre assim? Não quis levantar e colorir o mundo. Gosto do todo e do
tudo limpo, cheio de cor. Cor forte e viva. Para encobrir a verdade? Sim,
claro! Nada é tão assustador e cruel quanto a verdade. Verdade é mal que não se
cura. Tomado por ela uma pessoa jamais será a mesma novamente. A verdade queima.
Arranca do corpo a pele que o protege. Tal qual queimadura, deixa marcas que
ferem como águia que devora fígado. O mundo precisa de cores. Cores fortes e
vivas! Uma parede rosa choque nesta sala cairá bem. A quem tem olhos para ver, minha
feminilidade, sensualidade e romantismo. Tiro certeiro para atrair homens. No
caminho que percorreremos para o quarto, um corredor com a energia e
prosperidade do amarelo. Mulheres ricas são mais atraentes. Em meu quarto... Deixe-me
ver... Uma cor para reforçar o meu romantismo azul da cor do céu. A mais fria
das cores frias? Ah! Homem não sabe disso. É preciso dar a ideia de lealdade e fidelidade.
Homem gosta disso. Homem? Eu deveria estar pensando em mim. Estou! Vou mandar
pintar nuvens brancas em meu quarto. Assim, vou pensar que estou no céu. Pouco
me importa se não é verdade. O que vale é o que vejo. Não quero verdade. Na frente
da casa, um verde-oliva para dar a impressão que estou sempre pronta para a
guerra. Só que você nunca está pronta, querida. Não. Não estou nem quero estar.
Encher-me de terra, lama, suor e sangue? Nunca. Prefiro o refúgio de minha
casa. Tudo limpo e colorido. Nada em tons de vermelho, branco, preto ou cinza.
Essas são as cores da verdade. O poder destrói a inocência trazendo terror e
depressão. A verdade deprime, atormenta, persegue. Toda vez que fecho os olhos
ela está lá. Revejo lugares por onde passei. Lugares secos e áridos igual à
gente daquelas bandas. Gente pobre, fedorenta. Gente de destino traçado: do vermelho
do parto ao branco do pó que entorpece e ao vermelho do parto novamente. Agora,
para sempre. Meu destino quem faz sou eu. Ele deve ser colorido. Cores fortes e
vivas. Como as cores que encobriam o mundo da mulher que dá risada de sua
própria tragédia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.fridakahlo.org/images/paintings/Moses.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="321" src="http://www.fridakahlo.org/images/paintings/Moses.jpg" width="400" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagem em </span><a href="http://www.fridakahlo.org/moses.jsp">http://www.fridakahlo.org/moses.jsp</a> - Moses (Nucleus of Criation) By Frida Kahlo, 1945</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-74228487172078761132013-02-07T10:16:00.001-03:002013-02-07T10:16:16.567-03:00Madalenas<div style="text-align: justify;">
Entre o ser que sou e o ser que estou, uma madalena. É o intervalo de que preciso para me equilibrar. O frio e os flocos de algodão caindo do céu me agradam mais que poderia imaginar. Minha culpa! Frio e neve me cabem de tal forma que eu poderia correr até a praça e me tornar parte dela. Congelada, assim como tudo que é vivo e o que não o é. Há sol no lado do hemisfério das águas. Sol de sombras mórbidas. Eu devia chorar. Não devia sorrir ou sentir essa felicidade besta. Em terras castelhanas, apesar do frio, o sol é brilho e traz a vida que grita. Meu equilíbrio distorce e eu preciso de outra Madalena. Talvez, eu me apegue tanto as madalenas porque deseje ser como aquela Madalena que largou tudo e fugiu. Mas, ao contrário dela, que teve os seus pecados perdoados quando deixou tudo para trás, os meus pecados começariam com a minha fuga. Viveria como pecadora fugitiva. Intervalo do intervalo. Não tenho certeza de que isso me agrade. Sou marinheira aprovada com louvor. Sempre enfrentei mar bravo. Fugir não me cai bem. Embora me canse, às vezes. Quanto aos pecados, estes me servem bem. O que me falta é só esse. O pecado de enfrentar a fuga. Meu equilíbrio oscila ainda mais e eu devoro outra madalena. Conhecessem essas madalenas, teriam me receitado uma por dia (para não engordar) ao invés das pílulas de açúcar e água. Conhecessem essas madalenas, seria reformulado um velho ditado inglês: <i>Many magdalenas a day keep the doctor away.</i> O médico e todos os males. Outra madalena, pouco me importa o quanto engorde, encerro o intervalo. Equilibro-me na linha bamba que me separa daquilo que sou e aquilo que estou. Sigo. Não fujo. </div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX0HJaJokBA50WuBvaqo0oCp5tfyCo_6NeCRaKl55k1R8SNHhmgm9czq7FtjQ2ox416h8Bmc3NlE9-oka_N7mgxMammcsdG6vF12jeZbMOVDsHs8yr2Y54mRLndWn98nOLmX7xKp-uX8k/s1600/madalenas-de-pueblo_at_chez-ramblisine-6989.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="363" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX0HJaJokBA50WuBvaqo0oCp5tfyCo_6NeCRaKl55k1R8SNHhmgm9czq7FtjQ2ox416h8Bmc3NlE9-oka_N7mgxMammcsdG6vF12jeZbMOVDsHs8yr2Y54mRLndWn98nOLmX7xKp-uX8k/s400/madalenas-de-pueblo_at_chez-ramblisine-6989.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Minhas Madalenas. :)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Inverno de um verão qualquer.</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-21515850958706980002012-12-30T09:04:00.001-03:002012-12-30T09:22:32.164-03:00Unha de Deus<div style="text-align: justify;">
Perdoe-me, padre, porque eu pequei. Subestimei meu inimigo. Fui avisada do quanto ele era poderoso, mesmo assim, julguei-me mais experta que ele. Caí. Queda alta. Desde então, passo os dias a juntar pedaços do que sobrou de mim. Pedaços do que éramos eu e ele. Eu não era apenas eu quando estava com ele. Eu era um eu + ele = nós. Eu era inteira. Agora sou pedaços. Pedaços que (se) partiram. Mas, pensando bem eu não deveria me sentir menos. Partida eu sou mais. Toda quebra implica em liberdade. Deixamos de ser um todo preso para sermos partes livres de amarras. Em pedaços posso correr solta, posso correr mundos, posso correr mais, posso correr múltipla. Prefiro-me assim despedaçada. Tão bom... Sinto não ter percebido isso antes. Não tinha olhos nem ouvidos até vir aqui. Foi o som que me levou à imagem da unha de Deus batendo ritmicamente em madeira de Lei que me devolveu olhos para ver e ouvidos para ouvir. Perdoe-me, padre, porque eu pequei.
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKNPfKEnYaATonVAUaI7QBMc2UqdQT6V3IusgzdzNOEhgVf_p7wlcBnHS-ywmhH5RoLK_5mHOd2ocxiadWCDKxHoPehGstUc93VPq0TCbE3rERFffKPVWpvX497mZMprnpYwJQly-uSvY/s1600/eus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKNPfKEnYaATonVAUaI7QBMc2UqdQT6V3IusgzdzNOEhgVf_p7wlcBnHS-ywmhH5RoLK_5mHOd2ocxiadWCDKxHoPehGstUc93VPq0TCbE3rERFffKPVWpvX497mZMprnpYwJQly-uSvY/s400/eus.jpg" width="317" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Imagem: http://www.behance.net/</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-51000910890980772342012-11-20T14:54:00.002-03:002012-11-20T15:05:28.173-03:00Palavra ser.<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: right;">
<i>O sopro a poeira tira.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAXUaYX8lKhmuP8Wqat9oUl95Gd8TNZG-8lN_iGwa7JxDriG0U9I6y6BEveLNOfDz1WPf1U5uwNnoI-G5YioRbi1q86EhfqlDJaQXaxG5mD1iOMKNUSnB2oPYojWxA2ou7GaS9sm-NjBg/s1600/leitura.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;">
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
Quisera poder </div>
<div class="MsoNoSpacing">
Toda palavra ser</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Para não te ver fugir.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Sentir teu corpo,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Teu perfume,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Teu fogo,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Teu grito,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Olhos cerrados.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Depois do suspiro,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ver teu sorriso.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
E do teu coração,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ouvir só o que se pode:</div>
<div class="MsoNoSpacing">
O Tum Tum Tummmmm</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Acelerado e flamejante</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Como somente</div>
<div class="MsoNoSpacing">
No momento em que</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Te entregas por inteiro</div>
<div class="MsoNoSpacing">
Ao deleite da leitura.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: left;">
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAXUaYX8lKhmuP8Wqat9oUl95Gd8TNZG-8lN_iGwa7JxDriG0U9I6y6BEveLNOfDz1WPf1U5uwNnoI-G5YioRbi1q86EhfqlDJaQXaxG5mD1iOMKNUSnB2oPYojWxA2ou7GaS9sm-NjBg/s1600/leitura.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAXUaYX8lKhmuP8Wqat9oUl95Gd8TNZG-8lN_iGwa7JxDriG0U9I6y6BEveLNOfDz1WPf1U5uwNnoI-G5YioRbi1q86EhfqlDJaQXaxG5mD1iOMKNUSnB2oPYojWxA2ou7GaS9sm-NjBg/s400/leitura.jpg" width="311" /></a><br />
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Imagem da internet.</div>
</div>
<br />Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-20841896598378260722012-09-08T08:17:00.002-03:002012-09-08T08:18:02.512-03:00Desejo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3GCW37A-FEExxoVMJFqDIjRxKL8D-TH584kDwfVu_JI7VSNA_cAZtVjFcSs0e7zJ3SCUKBNqav7RlWlluF8eb9xjQMPqV76UkyrOHEW06pHBUGPxSuR0Y3NoExPeYco4ZkAIK_G94r74/s1600/desejo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3GCW37A-FEExxoVMJFqDIjRxKL8D-TH584kDwfVu_JI7VSNA_cAZtVjFcSs0e7zJ3SCUKBNqav7RlWlluF8eb9xjQMPqV76UkyrOHEW06pHBUGPxSuR0Y3NoExPeYco4ZkAIK_G94r74/s400/desejo.jpg" width="269" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
sabe aquela casinha</div>
<div class="MsoNoSpacing">
de beira de estrada?</div>
<div class="MsoNoSpacing">
rosa fugidio em
cima</div>
<div class="MsoNoSpacing">
da taipa,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
uma porta e </div>
<div class="MsoNoSpacing">
uma janela,</div>
<div class="MsoNoSpacing">
crianças brincando</div>
<div class="MsoNoSpacing">
na frente?</div>
<div class="MsoNoSpacing">
paraíso a céu</div>
<div class="MsoNoSpacing">
aberto</div>
Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-80725262566775747302012-07-21T23:22:00.000-03:002012-07-21T23:22:25.424-03:00Eclética 4.0<div style="text-align: right;">
“O que é um homem sem desejos, </div>
<div style="text-align: right;">
sem liberdade de desejo e de escolha, </div>
<div style="text-align: right;">
senão uma peça num órgão?” </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Fiodor Dostoievski, in "Cadernos do Subterrâneo", 1873. </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não é difícil falar de si quando não há disfarces. A questão é saber se tem alguém em algum lugar de nossa infinita, porém finita, galáxia que queira nos escutar. Muitos são os que negam, mas, a verdade é que o ser humano é egoísta demais para ser plural. Na hora em que o sapato aperta, eu sou singular. Não sigo mais do teu lado. Vou é cuidar de meu calo! Infelizmente. Assim, vivemos sós mesmo com uma lista imensa de amigos. Acontece que sou teimosa de natureza ariana (embora a astrologia não me convença). E falante. E escritora de letreiros. Eu não pedi pra nascer. Todo mundo já gritou isso pelo menos uma vez na vida. Comigo deve ter sido assim também. O fato é que estou viva e jamais questionei a razão de eu ser quem sou, de ser como sou, de ter nascido na família tal, morar no bairro tal, falar língua tal. Nunca questionei minhas alegrias nem tristezas. Sempre fui do time das análises, desde criança. Se havia algo errado, pensava sobre o fato e procurava resolver o problema do meu jeito. Muitas vezes, limitado e incapaz. Quando eu me olho no espelho ele não denuncia a idade que eu tenho. O que ele mostra são marcas do quanto amei e do tanto de felicidade que senti. Bem como mostra marcas do quanto sofri e do quanto chorei. Espelhos me mostram o quanto eu vivi. Espelhos me mostram que vivo. Lamento se meu modo de vida não agrada a todos. Lamento se sou pouco para todos e tudo que me cerca. Lamento. Só. Continuo vivendo. Do meu jeito, porém, me abrindo ou me moldando, sempre que possível, ao que esperam de mim. Tento sempre ser plural. Mas não me esqueço de mim. Apenas não espero muito do mundo. Talvez, por isso, alguns me estranhem. Não me preocupo mais em descobrir se o que sou me veio por escolha ou imposição. Não faço nada de forma obrigatória. Além do mais tudo na vida é escolha. Inclusive, não escolher. O comportamento humano é um complexo de escolhas que fazemos de forma proposital e dirigidas a satisfazer necessidades básicas que temos. Aquele que não pode escolher não tem vida (própria). Eu vivo! Eu desejo! Eu uso a minha liberdade de escolha! Escolhas não são fáceis. Sempre trazem consequências. Melhores ou piores. Maiores ou menores. Escolhas são, na maioria das vezes, pesadas. No entanto, é verdade que a certa idade, atingimos certo grau de maturidade que nos deixa mais livres e tudo fica mais leve. Eu estou assim: Livre, leve, eclética.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhJ7CssKTjijRGj5Svy_zGxDM_XULoOE4jSMTfg0npbWAyQvXaZgyMQC59Lmta8CdoitYIBJ9eypdgXPGEiIMnFuUP5jQyHrSQDyNI5sOO5tLVrgDSkRvW6B9BrGGySkib-1BfnRYc5fA/s1600/__Sunflower___I_by_Katosu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhJ7CssKTjijRGj5Svy_zGxDM_XULoOE4jSMTfg0npbWAyQvXaZgyMQC59Lmta8CdoitYIBJ9eypdgXPGEiIMnFuUP5jQyHrSQDyNI5sOO5tLVrgDSkRvW6B9BrGGySkib-1BfnRYc5fA/s400/__Sunflower___I_by_Katosu.jpg" width="397" /></a></div>
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Image by Katosu on DeviantArt.Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-3278372362060447222012-06-25T10:58:00.000-03:002012-06-25T10:58:01.554-03:00Parrhesia<div style="text-align: justify;">
ao ver-me no reflexo </div>
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<a href="http://fc06.deviantart.net/fs8/i/2005/279/1/d/DSG_487__Something_under____by_herod.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="285" src="http://fc06.deviantart.net/fs8/i/2005/279/1/d/DSG_487__Something_under____by_herod.jpg" width="400" /></a></div>
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d’água empoçada </div>
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na calçada</div>
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percebo que </div>
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ando do mesmo jeito </div>
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sem jeito </div>
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sujeito
inquieto</div>
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abstrato </div>
<div style="text-align: justify;">
insensato</div>
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estupefato </div>
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calças largadas </div>
<div style="text-align: justify;">
joguem os dados</div>
<div style="text-align: justify;">
- outra vez -</div>
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continuo no jogo </div>
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Image by Herod on Deviantart.Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-38728392956178014452012-06-15T08:04:00.004-03:002012-06-15T08:21:36.557-03:00Cozinha social<div style="text-align: justify;">
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<a href="http://fc08.deviantart.net/fs15/f/2007/078/0/9/our_cup_of_tea_by_anhdres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://fc08.deviantart.net/fs15/f/2007/078/0/9/our_cup_of_tea_by_anhdres.jpg" width="400" /></a></div>
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Enquanto pessoas se preocupam com a fome e a pobreza no mundo, com questões ambientais, com o que fazem os governantes do nosso país, com a política dos generais mundiais, com um doente em casa, com aquilo em que pais estão transformando filhos, na educação que devemos ter nas escolas, em dar um abraço ou ouvir a voz de alguém, e até com o que disse Jesus, quando aqui esteve, eu conversava com o meu marido na cozinha. Eu disse a ele que éramos jovens. Ele me interrompe com voz e olhar firmes: “– Eu sou um homem adulto.” Eu ri alto e gostoso. Porém, contudo, todavia, entretanto, entendi o que ele falou. Somos adultos, sim. Essa consciência nos diz que não temos tempo a perder com amenidades. Só temos tempo para o que importa. Temos uma mala cheia de coisas importantes com o que nos preocupar e entreter, principalmente. A conversa seguiu e eu só me lembro de ter dito que somos adultos, mas, que ainda temos arte a fazer. Aquela conversa, mais uma entre tantas de todo tempo, ficou em meu pensamento. Enquanto isso, em outra social, a rede, eu troco palavras com uma velha amiga e dou de cara com outra Maria, a Betânia. Ligo os pontos. Estamos na idade da arte. A arte de viver. Mulheres e homens adultos ainda podem e devem namorar, correr na chuva para se molhar, torcer pelo seu time pela TV como se no estádio estivesse, tomar sorvete a qualquer hora do dia ou da noite, sentar nos degraus de uma escada para admirar a lua, ver o sol nascer da janela do seu quarto e ganhar o dia, conversar com bichinhos, passar horas no vídeo game para compensar o que não pôde ser feito antes, chegar até a beira mar e esperar a água bater nos pés, sentar em um balanço em praça pública e em pleno sol do meio-dia para balançar bem alto ou comer besteira quando der vontade. Mulheres e homens adultos podem viver. Viver com arte. Viver em arte. Afinal, nos sobra todo o tempo do mundo. Porque o relógio para quando somos nós.<br />
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Aos dois<i> Palmeiras</i> da vida minha:</div>
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O marido, pela vida em arte que me proporciona. </div>
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E o Time, pela arte da vitória contra o Grêmio em 13/06/12.</div>
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<a href="http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=DCHANKLFR-s#%21">http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=DCHANKLFR-s#!</a><br />
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Image by Anhdres on DeviantartZéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-76400942189829079232012-06-03T17:50:00.000-03:002012-06-03T17:53:25.620-03:00Amélia Desperta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://th03.deviantart.net/fs71/PRE/f/2011/326/a/9/warm_up_sketch___eyes___by_reevolver-d4gyp99.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://th03.deviantart.net/fs71/PRE/f/2011/326/a/9/warm_up_sketch___eyes___by_reevolver-d4gyp99.jpg" width="257" /></a></div>
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“Amelhinha, sabe que hora é?” Sei não, senhora. Em minha casa não tem relógio. Coisa de meu marido pra eu não saber a hora de começar e terminar minha odisseia doméstica. Bonito, não?! <i>Odisseia doméstica</i>. Vi na televisão. Quer dizer o que a gente já sabe. Trabalho de casa que não termina nunca. Reconheço quando o sol nasce e quando a lua desponta no céu. Só. Se bem que isso não faz diferença no papel que me foi imposto quando casei. Herança de minha madrinha que me criou moça direita e prendada e, assim, me apresentou àquele a quem eu deveria servir em troca de sustento e de quem me representasse legalmente. Não loura - como naquele filme - porque sou morena. De pele cor de canela como a Gabriela. Só não subi escada de vestido até hoje para não apanhar dele no meio da rua. Benedito faz questão de mostrar que é macho valente e dono do que é seu. Outro dia, ele disse na birosca do Antunes que só se casou comigo porque eu me chamava Amélia. Igual àquela mulher da música que eu não sei quem canta. E disse mais! Disse que não foi porque eu era gostosa, não! Mulher gostosa ele acha em toda esquina. Améeeeelia, não. Amélia é mulher de verdade. Mulher que lava, passa, arruma casa, faz feira, conserta coisa quebrada, aguenta marido bêbado, leva uns safanões de vez em muito em quando, não tem vaidade nenhuma e está sempre pronta para servir ao marido na cama. Olheeee dona Josefa!!! Quando Maria do cajueiro veio me dizer que aquele traste tinha dito essas asneiras, eu subi nas tamancas. Mas será o Benedito?! Ainda bem que madrinha já partiu dessa pra melhor. Pensei logo: é hoje que eu boto esse cachorro pra correr. Ele mal trabalha, bebe até cair, vive as minhas custas e na casa que me foi dada por madrinha Léo. Nunca me deu nada. Não sabe nem o dia do meu aniversário. O único presente que ele me dá é chifre. Posso até vender na feira se eu quiser. Mas, agora, chega! Só tenho mesmo é nome de Amélia. Até tentei ser uma dona de casa como as de antigamente. Acontece que estou cansada. Não dá pra mim. Vem cá. Chamei ele assim no cantinho da cozinha. Essa Amélia com quem tu queria ter casado, trabalhava fora? Tinha filhos? Bichos em casa? Servia bem ao marido? Sim, porque disso eu me orgulho. Faço o serviço de casa bem direitinho. E, principalmente, o de cama. Nos conformes. Você é que dá pra trás vez ou outra. E vaidosa?! Quem foi que disse que eu não tenho vaidade? Tô sempre bem apanhada, meu filho. Você é que não vê. Tem um monte de homem que me enxerga na rua. Pois, fique sabendo que a era do seu reinado acabou. Junte seus troços e desapareça da minha frente. De agora em diante serei Amélia de sobrenome Desperta. Só vou cuidar de quem cuidar de mim. E já vou avisando a vizinhança toda: num estranhem, não! Os móveis vão ficar empoeirados, a casa com teias de aranha, o chão melado e a roupa suja e sem passar. Tô de férias disso tudo por um tempo. Inclusive de homem. E de mulher também! Que não gosto dessas coisas. Vou viajar pra dentro de mim. Me olhar no espelho e me admirar. Respirar e sentir que estou inteira outra vez. Vou viver. E do meu jeito! Porque só quem sabe de mim sou eu mesma. </div>
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<br /></div>
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Image by Sketch on Deviantart. </div>Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-67531174477221578212012-05-13T17:19:00.000-03:002012-05-19T11:03:35.666-03:00Café com gosto de chá<div style="text-align: justify;">
Sempre há quem se ocupe em tolher a liberdade alheia. A alegação e os motivos que dizem existir para isso são os mais variados. Por exemplo, há quem diga que quem não tem filhos não pode falar de filhos e, muito menos, de mães. De mães ninguém deve falar nunca: “Mãe é mãe” e pronto!<br />
<br />
Eu discordo. Eu insisto. O que é uma Mãe? Mãe não é tudo igual. Mãe tem representação única. A minha, tenho certeza, não é igual a sua. Assim como a sua não é igual a minha – salvo algumas paranoias que são peculiares a qualquer mulher que decida criar filhos. Será, então, a condição de gerar um filho suficiente para transformar uma mulher em Mãe? Claro, claro que não! Deveria ser, mas, não é. Se assim fosse não haveria crianças abandonadas, mães maldizendo seus filhos ou fazendo deles um tipo de título de capitalização, entre outras coisinhas.<br />
<br />
Eu brinco dizendo que sou mãe de filhos de quatro patas. Brinco. Não comparo. Não sou insensível ao ponto de comparar o ato de cuidar de bichinhos de estimação com um dos atos mais sublimes (talvez, o mais) dados a uma mulher: o de formar gente. Não apenas dentro de seu útero, mas, o de formar gente para a Vida. Eu me refiro aos meus bichinhos como <i>mãe</i> porque eu só acredito em um mundo melhor quando as pessoas começarem a tratar a Natureza com a dignidade que ela merece. Isso vale para animais irracionais (?) – meu filhote de quatro patas mais novo me interrompe agora. Choraminga pedindo comida. - , rios, mares, plantas, terra e céu. Afinal, tudo isso foi criado, por Deus, antes d’Ele criar o próprio homem. Ah! Também brinco de ser mãe para ganhar presente da escola na qual eu trabalho. Coisa de criança. Quem sabe?! Se não sou Mãe, sou apenas, filha. E... filho todo mundo sabe como é. Todo mundo já nasce filho.<br />
<br />
Lamento o fato de haver filhos sem Mães e Mães sem filhos. Lamento haver só um dia das Mães – Não! Dia das Mães não é todo dia. Esquecemos-nos de nossas Mães vários e vários dias do ano. Lamento pelo mundo não ser colorido o suficiente para que Mães não esqueçam de que vivem em um paraíso (embora real). Lamento pelas Mães que ficaram e pelos filhos que se foram. Lamento pelas Mães que se foram e pelos filhos que ficaram. E nada mais de lamentos!<br />
<br />
Disseram que hoje é dia das mães. Que elas sejam felizes. Sem esquecer que felicidade se tem com a consciência tranquila. Portanto, que hoje, seja o dia da consciência tranquila. Feliz dia da consciência tranquila a todas as Mães de VERDADE que eu conheço!<br />
<br />
Feliz dia das mães a quem, por teimosia, talvez, desempenhe esse papel. Seja sendo mãe de filho, mãe de mãe, mãe de pai, mãe de aluno, mãe de irmão, mãe de amigo, mãe de filho dos outros e até mesmo as mães de filhos de quatro patas. Embora isso tudo deixe na boca café com gosto de chá. </div>
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<br /></div>
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<a href="http://fc00.deviantart.net/fs40/f/2009/024/d/b/dba14959ac25c5bd3e56a2d0ed1584a5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://fc00.deviantart.net/fs40/f/2009/024/d/b/dba14959ac25c5bd3e56a2d0ed1584a5.jpg" width="278" /></a></div>Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-62575731946118003472012-04-22T09:01:00.002-03:002012-04-22T09:02:30.255-03:00Ouro de tolo<div style="text-align: justify;">
Moeda barata essa tal de verdade. Havendo mais mistérios entre céu e terra, não posso dizer que tudo sei. Fácil seria dizer que de nada sei. Mas não é assim. Sei o que sei e sei o que não sei. Basta! Conheço a verdade do que foi feito de mim. Assim como tão bem conheço a verdade que tanto te esforças para pintar.</div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://fc05.deviantart.net/fs11/i/2006/195/f/2/Money_for___by_ferruh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="http://fc05.deviantart.net/fs11/i/2006/195/f/2/Money_for___by_ferruh.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Image by Ferruh on DeviantArt</td></tr>
</tbody></table>Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-37576160495357199672012-03-23T11:33:00.000-03:002012-03-23T11:33:10.530-03:00Olhos Fechados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4arF972SXRIZx7D-RbK4Dd0b_qnn-QFJeY8XUlT_RI4Zg-JxSq7BocKULGnazCRXm_sJxgPmhRE41cULYNCFOs5FBHGGgzaXPtXpU159n1ikpnvn1UWKYCoHqxMO9eP1rfzc0WLW5WWj5/s1600/The_Sun_by_Stackroad.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4arF972SXRIZx7D-RbK4Dd0b_qnn-QFJeY8XUlT_RI4Zg-JxSq7BocKULGnazCRXm_sJxgPmhRE41cULYNCFOs5FBHGGgzaXPtXpU159n1ikpnvn1UWKYCoHqxMO9eP1rfzc0WLW5WWj5/s320/The_Sun_by_Stackroad.jpg" /></a></div><br />
Escondo os desejos de você<br />
Pois eles me lavam ao escurecer<br />
Encontro no escuro o que me faz viver<br />
Existo e desejo e preciso e pergunto por quê...<br />
<br />
Quando vem o Sol<br />
E mostra o que tem que se ver<br />
O certo marfim que estraçalha visões<br />
E negado a bilhões<br />
<br />
Me rasgo na luz e me encanto ao saber <br />
Que em portas estreitas não cabe o prazer<br />
Nas largas passagens mais doces me afogo em viver<br />
Que venha o delírio do nada tão sacro e tão meuJuljan Lima Palmeirahttp://www.blogger.com/profile/09253185693374588624noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-21496243790410926152012-03-21T14:53:00.000-03:002012-03-21T14:53:42.882-03:00Onde os melhores são de fato os melhores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_bDE9TSkIrO8xqinG9Zw2Oc4GLhl69TdD4-w-HofB2ImvaCdUKtpUeuTSLMw2Eai55yFQNVJ9q6dBnmfHNYY8mooz43Helqc-bqKTHQ6af4a4XpNxLHScuCvWC8pKEVDHINICDaOLkgof/s1600/Messi+1.jpg" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="206" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_bDE9TSkIrO8xqinG9Zw2Oc4GLhl69TdD4-w-HofB2ImvaCdUKtpUeuTSLMw2Eai55yFQNVJ9q6dBnmfHNYY8mooz43Helqc-bqKTHQ6af4a4XpNxLHScuCvWC8pKEVDHINICDaOLkgof/s320/Messi+1.jpg" /></a></div><br />
Em todas as áreas de atuação profissional existem aqueles que se destacam e ocupam os primeiros lugares da cadeia evolutiva do sistema do capital. Fato é que, não necessariamente, eles são realmente os melhores.<br />
Não podemos dizer que a Câmara Federal, por exemplo, tem os melhores políticos do Brasil. Não é necessário o mínimo esforço para provar isso.<br />
Não se pode afirmar que os melhores médicos ocupam cargos de destaque na saúde nacional, uma vez que muitos não fazem justiça ao juramento hipocrático, preocupando-se, em muitos casos, com o “vil metal” antes da vida de um ser humano. E a saúde no Brasil é o que todos sabemos que é.<br />
Se prestarmos atenção à quantidade de injustiças que ocorrem no nosso país, acredito que chegaremos à conclusão de que não temos os melhores magistrados no comando do nosso sistema jurídico. Trata-se de meros mantenedores do status quo que, apesar de terem poder para diminuir a distância entre injustiçados e privilegiados, não o fazem por serem também alimentados por essa injustiça, quando não são frutos dela.<br />
No esporte, contudo, é muito difícil, para não dizer impossível, vermos alguém chegar ao topo sem méritos reais.<br />
Ayrton Senna, Maradona, Michael Jordan entre outros, não poderiam ter o reconhecimento que têm em suas áreas se não tivessem sido bons de verdade.<br />
Hoje, o mundo do esporte presencia a plenitude de um assombroso fenômeno chamado Lionel Messi. O melhor naquilo que faz e que, se precisa provar isso, fá-lo todas as vezes que entra em campo.<br />
Messi é hoje o melhor jogador de futebol do mundo. Claro que o fato de jogar no melhor time do planeta, o Barcelona, e de ter recebido atenção especial desde cedo são requisitos essenciais para ter chegado aonde chegou. Mas, se não fosse o melhor de verdade, não se manteria lá, como acontece em todas as áreas que citei e em outras que não merecem destaque nesse momento.<br />
Isso acontece porque no esporte os melhores são testados a todo o momento. Não basta atingir uma posição de destaque e locupletar-se sem a preocupação de fazer um trabalho digno do melhor. Quando isso ocorre, quando o esportista não mais corresponde à condição de ser o melhor de fato, o seu direito é imediatamente transferido a outro. Lembrem-se, por exemplo, de Adriano, Ronaldo, Ronaldinho e tantos outros que foram depostos de seus lugares de destaque porque não mais o mereciam.Isso acontecerá também com Messi.É o ciclo natural que não se reproduz em outros setores do sistema capitalista brasileiro.<br />
Tenho total convicção de que o Brasil seria um país bem melhor se essa lógica fosse aplicada a todas as áreas de atuação profissional. No esporte, só os melhores chegam ao topo e só permanecem se forem, de fato e de direito, os melhores.<br />
Haja saúde.Juljan Lima Palmeirahttp://www.blogger.com/profile/09253185693374588624noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-40460317684718736682012-03-16T07:24:00.002-03:002012-03-16T07:24:57.216-03:00Frutos de maracujá<div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;">
À minha amiga <i>Silvana Heath</i>. </div>
<div style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: right;">
(Aquela que divide Gabriel comigo e </div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">mulher que gosta de sementes, flores e frutos) </span></div>
<div style="text-align: right;">
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O que antes eram flores indica que se faz tempo de colheita. Enquanto apanho enormes e belos maracujás amarelos, eu epifanizo. O Senhor Tempo me mostra que todo tempo é tempo de colheita. Cinco segundos e todo o filme de minha vida. Sempre fiz o papel de colhedora. Colho e acolho frutos até das sementes que não plantei. As sementes, por mim, plantadas me dão frutos esperados. Sejam bons ou ruins. Quase não há surpresas. Das sementes que não plantei é que me vêm os melhores frutos e as maiores surpresas. Sejam boas ou ruins, devo dizer. Ter o melhor fruto em mãos não significa dizer gosto adocicado na boca. Há frutos que são desejados exatamente por ter um sabor mais exótico, digamos assim. Aquelas flores das ramas de maracujá das quais falei outro dia e que, agora, me ligam a casa de minha vizinha se transformaram nos mais belos e cheirosos frutos de maracujá que já vi. No entanto, eles continuam deixando gosto amargo em minha boca. Continuo não gostando de maracujá. Mesmo assim, provo desse doce veneno. Mas, começo a trabalhar o meu paladar e estômago para o sabor do que chamo, então, meus maracujás. Há que se enfrentar o novo, o diferente, o estranho, o bom e o ruim. É assim que a vida se faz. Os tais maracujás enfeitam o meu quintal e tornaram-se minha escolha. Entraram sem bater. Sem querer, deixei-os ficar. Minha natureza acolhe frutos. Arco com as consequências. O meu quintal está repleto, também, de folhas secas de maracujá. Mosquitos são atraídos pelo aroma do maracujá. Isso me incomoda. Deixo passar. Há quem seja fascinado por maracujás em minha casa. Por isso, eu os colho com prazer e preparo as sobremesas mais saborosas e os sucos mais refrescantes com eles. Imagino eu. Porque não como, nem tomo (ainda) nada que leve maracujá. O prazer de dar alegria a quem amo é que move minh’alma. Sorrisos me chegam quando preparo qualquer coisa com maracujás em minha casa. Igualmente, sorrisos me chegam quando compartilho de meus maracujás com amigos e familiares. Um sorriso aqui outro ali, pessoas mais felizes, um mundo mais feliz - nem que seja até o sabor do maracujá fugir das bocas que os provam. Estou assim colhedora e acolhedora desde que me fiz entender gente. Colher e acolher frutos foi o que sempre fiz. Isso não é uma atividade restrita ao meu quintal. Do lado de fora da minha casa, continuo colhendo frutos. Frutos belos, de cheiro que aguça meus sentidos, de sabor que me agrada o paladar e que me dão as maiores alegrias de minha vida. Contudo, não vou mentir. “Não sou perfeito”, disse o poeta. Eu também não. Às vezes, eu erro a mão, outras os frutos decidem por si só o que fazer. Assim, o doce se torna amargo. Me assusta o resultado. Eu vivo tanto que me assusto por muitas e muitas vezes. Insisto em viver assim mesmo. Se é questão de escolha própria ou se fui levada a fazer certas escolhas, não importa. No final, a decisão sempre foi minha. Faço o que quero. Sou imensamente feliz por colher frutos de sementes que plantei. Sou imensamente feliz por colher frutos de sementes que foram plantadas em meu quintal. Assim como sou, também, imensamente feliz por colher frutos de sementes que não foram plantadas em meu ventre. No final das contas, a vida faz de mim a mãe sem filhos mais feliz de todos os tempos. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9d9FgZUOY7fSEKKXeA62v9GwPOfWUWShtW2GXkNaX3KkbTJxXIiXdfgTNI9Eeh-c619xJjx8GDe77bOiufvaaXcAFm6mPEnB6n0zZay7NJ_Wm0XoRUmHkwkG4rHoZs5BY0N6PBPj0I7c/s1600/maracuj%25C3%25A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9d9FgZUOY7fSEKKXeA62v9GwPOfWUWShtW2GXkNaX3KkbTJxXIiXdfgTNI9Eeh-c619xJjx8GDe77bOiufvaaXcAFm6mPEnB6n0zZay7NJ_Wm0XoRUmHkwkG4rHoZs5BY0N6PBPj0I7c/s400/maracuj%25C3%25A1.jpg" width="300" /></a></div>Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-45519218560542927712012-03-08T16:54:00.000-03:002012-03-16T07:14:52.419-03:00Eu não sou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86Gjzuq5kglP9wK_OI_vbLhkDFuHT-FCixFgZUzBk3Wh8QPmpDzsRDiX61DOgi4JXU67romEy7uuOcyO0D3hqYwCB3z5wkkCOjR9ecFNLMo-9b_xFeNaAducjozWDIkNEOxl95UQkFBHO/s1600/Fear_by_m4d_b0y.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86Gjzuq5kglP9wK_OI_vbLhkDFuHT-FCixFgZUzBk3Wh8QPmpDzsRDiX61DOgi4JXU67romEy7uuOcyO0D3hqYwCB3z5wkkCOjR9ecFNLMo-9b_xFeNaAducjozWDIkNEOxl95UQkFBHO/s320/Fear_by_m4d_b0y.jpg" width="270" /></a></div>
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Em muitos momentos da minha vida eu gostaria de ter sido aquele personagem gostosão que se veem aos montes no cinema e na televisão: descolado, conquistador, bonitão, gente fina, o que sempre acerta ou o que, quando erra, consegue virar o jogo. Durante muito tempo, acho que dos 21 aos 35 anos, mais ou menos, eu achei que fosse essa figura. Hoje é só uma imagem que eu queria que fosse eu. Mas não é.</div>
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Conheci muitas pessoas que se enquadram nesse perfil e quando as encontrava as invejava com todas as forças e fraquezas do meu espírito. Hoje eu as entendo, apenas. Talvez ainda as inveje, mas não é nada que consuma meus dias. Agora meus dias são consumidos pela dúvida e pelo medo. No meu principal texto, musicado pelo Na Cabeça do Tempo, eu me descrevo como “um monstro de luxúria e medo”. Não existe definição melhor para mim. Tenho medo de muitas coisas e sou fraco. Não resisto a pressões e não consigo vencer o meu maior inimigo que sou eu mesmo. Também não sei se isso é um problema ou uma solução.</div>
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Tenho ainda muito orgulho de mim pelo fato de estar sempre tentando corrigir os muitos defeitos da minha constituição subjetiva. Eu sei que todos têm defeitos, mas também sei que só quem sabe o que é conviver comigo sou eu. Talvez um psicanalista ao ler esse texto possa descrever um perfil da minha personalidade ou descobrir alguma patologia, mas isso não chega nem perto de saber quem eu sou ou quem eu não sou.</div>
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Todavia, não é por ser esse ser humano perturbado que eu não seja feliz. Cometi muito mais erros do que eu gostaria de admitir e perdi todas as chances possíveis de ter uma vida economicamente estável. Mas cometi o maior acerto de todos que foi escolher a companheira ideal para a minha vida de fraquezas e divagações. Alguém que me ama apesar de mim. Tenho certeza de que isso fez muita diferença.</div>
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Para que não se diga que são só fugas, posso dizer que pelo menos eu enfrento o medo do jeito que consigo. Se venço ou perco é só detalhe. Pobre homem feito de sangue e carne como todos os outros.</div>
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Não sou o personagem gostosão do cinema, não sou o vencedor. Sou o homem que ama, vive e luta apesar de ter tanto medo da derrota que tem um medo ainda maior de tentar a vitória. Mas tenta!</div>
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Quanto à luxúria, é outra história. No próximo eu conto.</div>Juljan Lima Palmeirahttp://www.blogger.com/profile/09253185693374588624noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-66241509794209440022012-02-28T07:23:00.000-03:002012-02-28T07:23:20.851-03:00ES - PA - ÇOSSala – Sofá – Quarto – Cama – Banheiro – Privada – Cozinha – Geladeira – Quintal – Varal – Pessoa – Coração – Livro – Página – Canto – Vazio.<br />
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<a href="http://fc06.deviantart.net/fs18/f/2007/194/3/6/Last_one_by__seed_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="308" src="http://fc06.deviantart.net/fs18/f/2007/194/3/6/Last_one_by__seed_.jpg" width="400" /></a></div>
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Image by Seed on DeviantArt.Zéliahttp://www.blogger.com/profile/03480062364118978675noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7080373534493550606.post-90005572795178116322012-02-16T22:34:00.000-03:002012-02-20T20:28:06.696-03:00Summertime is in bloom!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiv6HAtGB-oiP1kHp_YPwyIczqnV_jRxscxBfH99f4fdZK2Wdhltke2tIYRDCU81IjD4CqNuRZeuaQW6OB2uTKzx2gJz6LVHhii_5LNAIcYTfUma8empbi3zwPKhpT-ZmYub06oq3zNUEu/s1600/DSC00117.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiv6HAtGB-oiP1kHp_YPwyIczqnV_jRxscxBfH99f4fdZK2Wdhltke2tIYRDCU81IjD4CqNuRZeuaQW6OB2uTKzx2gJz6LVHhii_5LNAIcYTfUma8empbi3zwPKhpT-ZmYub06oq3zNUEu/s320/DSC00117.JPG" width="320" /></a></div>
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Estava ouvindo uma música do Midnight Oil chamada Surf’s up tonight. Há um trecho em que a letra diz que há um lugar onde você pode jogar as coisas ruins fora. A letra fala do mar, sobre surfar e coisas assim. Aí ela fala que nesse lugar você pode ficar alto e então você sente que está vivo. Ou seja, subir na onda surfando, ficar alto, por aí. Só que quando ela fala em ficar alto eu só penso na elevação da embriaguez. Abro uma latinha que se tornam quatro, fumo um cigarro que viram quatro e o monstro de luxúria e medo está vivo novamente. Holly shit!!!</div>
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Foto de acervo particular. </div>Juljan Lima Palmeirahttp://www.blogger.com/profile/09253185693374588624noreply@blogger.com