Alice

Ao reinventar minha vida, tudo igual. Um pouco mais de ervas aqui e ali e só. Com uma caixa de lápis nas mãos, pinto o arco-íris que quiser.
Whenever the clock takes a break
I start asking myself why:
What if I found God
The next door
What if I could
Reach out your hand
What if you did not
Love me
Or if I kill you, finally
What if I had never
Started writing
Instead of (only)
Living in books
What if I paint
The sky colourful
And let my horses
Run free
What if I were alone
Not crowded
What if I stop
Wondering
So that I can just
Live my life?
Zélia
O atrevimento é uma coisa fantástica. Faz-nos bater em qualquer porta, entrar em qualquer mundo e assumir papeis inimagináveis. Respeitando a diferença entre Ser e Estar, direi que não sou atrevida. Eu estou atrevida. Assim como estive antes. Sempre que é preciso, tomo lá a minha porção de atrevimento que me cabe. Talvez, por isso eu tenha andado tão longe. Talvez, por isso eu esteja aqui. Talvez, por isso eu chegue ainda lá. Atrevida, quem poderá me impedir?
Não tenho medo do desconhecido.
Entro em todo os mundos
Que me chamam a atenção.
Ontem, a viagem foi para um
Mundo que já conhecia -
Abri foi outra porta.
Encontrei pelo chão
Cânticos de uma certa Cecília.
Ao lado de cada impressão,
A alma de uma obra literária:
O seu manuscrito.
Senti saudade pelo futuro -
Escrevo em manuscrito.
- gosto de ver a alma
daquilo que crio –
Estou perdida no tempo,
Talvez,
Mas me vi ali
Em pedaços de papel
E linhas escorregadas da mão
Por entre setas, asteriscos e rabiscos...
Zélia