sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Minotauro

Um devorador de espíritos
Apresentou-se sutilmente aos meus sentidos
Abri-lhe as portas para uma alma caótica – ou ainda em construção
Vi-o afugentar muitos de meus medos
E assumir o lugar principal entre os temores abstêmios do meu inconsciente freudo-lacaniano.
No centro do labirinto
Alguém zombava de minhas aflições
Sua gargalhada profética ainda se faz ouvir
Em cada triste ser humano que tenho visto desde então.
Era alvorada de algo que ainda não chegou ao meio-dia:
Mal posso esperar pelo crepúsculo
Na ilha de creta das minhas ilusões:
Deixe-as brilhar, pérola insana,
Deixe-as arder em fúria
Até que todos os olhos de todos os olhos de todos os olhos
Todos!
Fechem-se em desespero...

Júljan – 04/01/2008