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Sonho de gente esperta é arrumar o mundo para o que queremos.

Zélia

Minotauro

Um devorador de espíritos
Apresentou-se sutilmente aos meus sentidos
Abri-lhe as portas para uma alma caótica – ou ainda em construção
Vi-o afugentar muitos de meus medos
E assumir o lugar principal entre os temores abstêmios do meu inconsciente freudo-lacaniano.
No centro do labirinto
Alguém zombava de minhas aflições
Sua gargalhada profética ainda se faz ouvir
Em cada triste ser humano que tenho visto desde então.
Era alvorada de algo que ainda não chegou ao meio-dia:
Mal posso esperar pelo crepúsculo
Na ilha de creta das minhas ilusões:
Deixe-as brilhar, pérola insana,
Deixe-as arder em fúria
Até que todos os olhos de todos os olhos de todos os olhos
Todos!
Fechem-se em desespero...

Júljan – 04/01/2008

Entre um despertar e outro

Era tarde mas ainda não se fazia cedo. Ponteiros não marcavam minha hora. O desengano me toma ao perceber que as Horas que eu preciso não chegam – foram impedidas de nascer. São apenas pelas asas de Hipnos que me entrego à cegueira. Sua música me toma. Não há como fugir. A verdade escondida, então, faz-me ver atravessado. Abismo sem fim. Em queda livre, vou guiada pelos Ventos que me levam. No caminho, busco quem não alcanço. Continuo. Loucura é questionar sobre não ser lúcido. Muito me foge... Mesmo assim, vejo mais longe. Ausência não desfaz vazio. Sobra espaço no quarto, seus livros não falam mais, as flores na janela cantam outra canção enquanto eu tento me agarrar ao que não existe mais. Talvez exista. A saudade é o ponto de encontro que me leva até você. Era cedo mas já se fazia tarde.

Zélia

Photo by Huggsley

O brinde que falta

Que neste ano de 2008 possamos viver verdadeiramente um Novo ano. Um ano em que comecemos a fazer a diferença pra valer. A diferença necessária para um mundo melhor. Que todos pensem em quanto as atitudes de cada um são fundamentais nesse processo de recuperação do nosso planeta e que não esqueçamos que o mundo não foi feito para que abusemos dele ao nosso bel prazer e muito menos para que "escolhamos" quem vive nele. Que possamos espalhar Amor e fazer a "Paz pela paz" como bem sugere Nando Cordel. Pois a Paz é como o Amor: vem de graça e é elemento multiplicador. Multiplicador de vidas!

Zélia

Photo by Mi4