Ao reinventar minha vida, tudo igual. Um pouco mais de ervas aqui e ali e só. Com uma caixa de lápis nas mãos, pinto o arco-íris que quiser.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Sobre a Mulher que Sai da Tela
É como um fantasma escondido
No porão de uma casa velha.
Não consegue viver em seu mundo.
Gasta seu tempo a tentar fugir
Do universo por ela mesma criado.
Versão feminina de Sísifo...
A mulher que sai da tela do teu quadro
Parece querer sugar a energia vital
De meus quadros.
Pena...
A mulher que sai da tela do teu quadro
É um saco sem fundo.
Tudo que ela leva,
Volta ao seu lugar...
Zélia
Janelas
Janelas de vidro
Madeira do Porto
Aço inoxidável
Plástico anticorrosivo
Janela que dá para o mar
Janela que dá as costas
Janela aberta para os mosquitos
Janela velha que só se abre à força
Janela moderna
Virtual
Conceitual
Corrediça
O cenário é o mesmo
Os olhos é que mudam cores.
Há ouvidos e há olhos
E também, janelas de todos os tipos.
Letícia
Não queria escrever em verso, mas as mãos correm rápido e o pensamento já não me obedece mais. Para você, nossas janelas.
Letícia
Sonhos Janela Afora
Zélia
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Jean-Paul Sartre
Eu me sinto livre mesmo em ônibus lotado. Os únicos problemas são o nó da gravata, o peso das contas, o telefone cobrando minha voz e a criança chorando noite adentro. Fora isso, sou mais livre que bicho de zoológico.
Letícia
All is Full of Love
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Michael Foucault e o balão de São João
Letícia
Se ligue!
Li um texto de Michel Foucault* sobre liberdade,dia desses.Confesso que me surpreendi um pouco.Embora o texto seja um tanto longo e filosófico,não resisti e me vi,novamente,em busca da Minha Liberdade... Tentarei simplificar o seu ponto de vista, resumindo a questão como sendo a liberdade o controle sobre nossos próprios desejos e vontades. Não é tão simples quanto coloquei aqui, agora. Explico:Para Foucault, a expressão da liberdade de cada um está intimamente ligada ao cuidado que cada um tem de si. Alguém que se entrega ao alcoolismo, por exemplo, não está usando de sua liberdade. Uma vez que não tem o controle sobre seus desejos e vontades. E, segundo ele, esse controle vem do conhecimento. Diz:
“Não é possível cuidar de si sem se conhecer. O cuidado de si é certamente o conhecimento de si (...) mas é também o conhecimento de um certo números de regras de conduta ou princípios.Cuidar de si é se munir dessas verdades...” pág.269
Munidos “dessas verdades”, usaremos a ética como prática racional de liberdade.Partindo desse princípio,entende-se liberdade não como,simplesmente, o ato de se jogar tudo pro alto e sair correndo mas como sinônimo de controle, domínio sobre desejos e vontades, como já foi mencionado aqui.Quem não cuida de si, ou porque bebe, ou porque fuma, ou porque é viciado em internet, cocaína – que são dois extremos mas vício é vício - , ou porque não se livra de seus medos, ou porque insiste em viver sofrendo, ou porque saiu nu no meio da rua, ou porque não foi votar na última eleição por decisão própria, não é livre...
Resumindo: ser livre é entender um jogo de “regras de conduta ou princípios” estabelecidos e determinar a sua posição pensando no cuidado que você deverá ter de si próprio.Eu jamais havia pensado em liberdade como controle. Especialmente sobre coisas, aparentemente, mais simples. Mas é óbvio que isso faz todo o sentido.Só podemos ser livres tendo o controle sobre TUDO que diz respeito a nós mesmos. E como isso nem sempre é possível,o importante é pensar sempre se aquilo o que chamamos "liberdade" é realmente o melhor para nós.Isso fará a diferença! ;)
Zélia
* Michael Foucault in: Ditos e Escritos - A Ética do Cuidado de Si como Prática de Liberdade.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Um dia Comum
By the way, Really pleasant this place. I need no avatar and I can write as a common woman - not a writer. And another dream: Björk is coming to our country. Maybe I'll be there. Probably I will.
Letícia Palmeira
Livro de Poesia
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Inscription for the Ceiling of a Bedroom
I must up, to make my way.
Though I dress and drink and eat,
Move my fingers and my feet,
Learn a little, here and there,
Weep and laugh and sweat and swear,
Hear a song, or watch a stage,
Leave some words upon a page,
Claim a foe, or hail a friend -
Bed awaits me at the end.
Though I go in pride and strength,
I'll come back to bed at length.
Though I walk in blinded woe,
Back to bed I'm bound to go.
High my heart, or bowed my head,
All my days but lead to bed.
Up, and out, and on; and then
Ever back to bed again,
Summer, Winter, Spring, and Fall -
I'm a fool to rise at all!