terça-feira, 4 de setembro de 2007

Amiga Escritora,

Os quietos ventos do Quintana e a maldição do ser da Clarice. Li dois livros e dentro deles, encontrei o mundo. Decidi ler então meus velhos diários - coisas antigas e promessas não cumpridas. Aos 15 eu tentei ser adulta - tanto que entrei no caminho errado. Aos 16, idade mais bela, perdi o fio da meada. Aos 17 descobri que o céu não era verdadeiramente azul. Descobri que as pessoas sentiam inveja, remorso e um pouco de amor. E na contínua leitura do meu livro não publicado, vi homens, mulheres, roupas novas e discos que adorava ouvir. Foi a mais tranqüila viagem de volta para casa. Pergunto-me apenas, que irá sentir essa leitora maluca quando se deparar com seus escritos desse dia alguns anos à frente.

Cordialmente,
Alice





















Esse texto já esteve em outros lugares, mas não aqui. Como um novo cenário faz das coisas novidade, trouxe as pequenas descobertas de Alice para cá.