sexta-feira, 7 de setembro de 2007

No Canto a Observar

Que me venha a Língua Portuguesa
Bem à moda do Fernando
Seu tom de mil seres humanos
Chorando a existência desse mundo.
Banho-me em seu modo
Modo de ver sofrer o escritor
Amo o sofrimento deste – crio assim o amor
São tantas linhas – em todas, um trem.
Carregado de rima, de metáfora – metafísica...
Fernando para mim acenou
Deixou o Livro pronto – impresso – coordenado
E o mundo deste, perdido entre dentes.
Hei de achar-me nele, em Fernando – meu Antecessor.

Choro à míngua
Assim como os fantasmas de biblioteca
Triste é viver e não entender
Que fingir também é ser.

O nome só se transforma
Quando a poeira fúnebre o consome
Quando o corpo se torna inerte
E um hóspede do necrotério, o escritor.


Alice
For you, Lovely Sister