Minha primeira oração diária é um poema. Faço a minha poesia e ouço a poesia que bem entender. E antes que alguém diga que ela salvou o meu dia, meu dia já nasceu salvo. A poesia salv(a)ou meu(s) dia(s). Tudo é poesia. Vivo
Zélia
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Ao reinventar minha vida, tudo igual. Um pouco mais de ervas aqui e ali e só. Com uma caixa de lápis nas mãos, pinto o arco-íris que quiser.
Há tempos andava ausente. Longe de meus papeis e a caneta de cor azul que traduz meu pensamento. Meu silêncio aparente não me deixou longe de ti. Continuei rindo, concordando, discordando, corrigindo e brigando contigo. Não vivo mais longe dos teus segredos revelados entre linhas. Hoje, não resisti. Quis chegar mais perto de ti e me revelar traduzida
"E quem é você que me olha enquanto tento escrever?"
Quanto a mim, vou saindo simples assim. Seria a própria teoria do exagero se tentasse responder quem eu sou...
Saudações literárias!
Sua amiga,
Sally
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Um certo Judas "Carioca" trouxe-me até este "texto" que eu havia escrito há algum tempo...
Here I am.
I’ve picked up the happiest lines of all favorite poets
Dressed up in the colorful rainbow in the sky
Grabbed one million dayses in a chain
Listened to a new song every single minute
Swum among the words of books
Slept with angels
Waken up with the voice of a heart
Played the hopscoth of life.
Of course,
I’ve felt the thorn of a rose
Heard the cry of babies
Seen the dark side of the moon
Visited the devil in desguise
Drunk the tea of sorrow
Opened Pandora’s box
Rolled the dice wrongly
Forgotten the address to the golden door.
Nevertheless,
I’ll keep on saying
I’m happier than blue
And if I do not fit the patterns
You stablished for me
I don’t mind.
However,
That’s when I feel alone
Time to strike the right key, then
It’s all a matter of choice
I choose the flower in the window!
That’s me:
A recollection of moments taken by the road
At the sound of a song that says
“Do Re Mi”
Já não existem mais pegadas tuas em meu caminho. Cenário mudado, tudo diferente. A não ser as falas de um ou outro personagem de timing perdido e eu que insisto em voltar ao lugar de onde partiste. Desde o dia que antecede aquele momento em que deixastes as páginas do livro que sou, procurar por ti em jornais de ontem que ainda circulam é meu autoflagelo. Não é meu coração nem minha cabeça que me levam a ti mas meu corpo. As marcas de deixas(tes) nele precisam ser acesas para que eu continue respirando. Sou eu o meu maior inimigo. Fecho os olhos, a todo instante, para o que me é oferecido e, ao ouvir você dizer: “-Minha literatura não rebuscada se enche de você”, me alimento da dor de reconhecer que sou criatura de um amor só. Gastei-me todo mas tento (re)nascer alimentando-me do (des)amor que passou em minha boca.
Toda liberdade vem do grito. Mas quem falou que para ser livre é preciso fazer alarde? A gota que transborda o copo é expressão de liberdade. Assim como a pena que se despede do pássaro preso na gaiola, voando com o vento, também é expressão de liberdade. Liberdade se conquista pela renúncia ao que não nos cabe mais e pela entrega total do Eu ao universo em que me encontro. Nem que, para isso, eu tenha que criar o meu próprio mundo...
Zélia