quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu, o amor, a ida, a volta, o avesso, o direito, um jardim, os outros, meu primeiro relato: somos todos iguais!


Voltar nem sempre é fácil. Há muito tentei retornar ao meu Jardim mas não sei, já sabendo, o que me impedia de estar de volta.Uma das dificuldades em se “voltar” está presente no nosso inconsciente em alguns dos sentidos que o termo em questão apresenta. Entre eles, “ir outra vez, repetir-se”, “pôr do avesso, ou direito”*. Se isto não fosse suficiente, há ainda os empecilhos nossos de cada dia, como as centenas de provas e cadernetas que quase me soterraram nos últimos dias, ou de cada momento: agora mesmo, fui impedida de continuar por falta de energia. Mas bem, comecei a falar de volta sem explicar o porquê da minha ausência. Há tempos sentia-me um tanto quanto fora de mim – por mil razões! Mas eu não parava, não conseguia parar... Até que fui “obrigada” a isso. Parar é bom! Viajar de “ônibus azul”, contar estrelas, abraçar Morfeu, fugir de Cronos, pôr meu avesso no direito, o direito no avesso, beijar a mão de Deus. Só continuamos se, também, pararmos. Continuando, estou de volta para regar minhas flores, encontrar meu trevo de quatro folhas, sentar num banquinho, fazer colar de margaridas, desmanchar tudo, brincar de bem me quer, mal me quer, desenhar sol no chão e uma arco-íris pra acompanhar. Voltei mas vou continuar parando...


Zélia

* (WordReference.com)

Photo by Slumberdoll on Deviantart