quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Movimento da Paranóia

(Sinto que teu coração me aprova
E que teus lábios me condenam a ser deles)
Fico em casa porque estou louco
Ou talvez eu esteja em casa
Porque esse é o lugar em que se deve ficar
As ruas são tão cheias de angústia e desespero
Quieto e insano como meu amor pelo caos
Ah! Como eu queria poder ver através de todos os disfarces
Desmantelar a máscara que há em cada figura triste
{dentre as que lotam os pontos de ônibus

E pudesse também reordenar suas estruturas cerebrais
{e transformar sua visão
Seriam todos iguais a mim
E veriam que não há por que correr
Ou talvez haja motivo para correr
Pois tudo está interligado
E as relações que se estabelecem entre os elementos
Determinam o movimento do sistema
Estou em casa e não sei por quê
Ou talvez tenha uma noção
As ruas são tão cheias...

Juljan